A vida é uma cereja. A morte um caroço. O amor uma cerejeira.
31 de março de 2009
30 de março de 2009
29 de março de 2009
28 de março de 2009
26 de março de 2009
Quero partilhar um facto que me é particularmente grato:
O meu filho David defende hoje a sua tese de mestrado.
É um momento importante da vida dele pelo que representa de decisivo para o seu futuro.É um momento importante na minha vida de mãe porque me deixa nostálgica do seu passado.
Tenho muito presente na minha mente todo o percurso de vida do meu filho. Na mente e no coração, como acho que acontece com todas as mães.
Peço muita desculpa mas hoje não me apetece ser modesta. Apetece-me contar a toda a gente até que ponto o meu filho é brilhante.
Quem não quiser saber, não lê. É simples.
O meu filho David sempre foi único. Desde pequeno que se portou exemplarmente. Era uma "menino de manual". Se o manual dizia "Está na hora de deixar a chucha" ele deixava a chucha na hora, menos um minuto. Se o manual dizia "aos 18 meses deixa a fralda", ele, no dia antes de fazer dezoito meses, deixava a fralda.
Começou a ler sozinho, com 4 anos, a ponto de eu - que até sou contra a ideia da entrada precoce de meninos na escola - aceitar a ideia da professora de 1º Ciclo que o recebeu no primeiro ano e deixar que frequentasse de início o segundo ano. "Se ele tiver de repetir um ano que seja o 4º" disse-me ela. "AÌ é mais fácil de o ocupar do que no 1º. Assim ele só vai desmotivar". Mas, ao chegar ao 4º ano a opinião da professora que o acompanhou esses três anos não foi favorável a uma repetição. "Então mas de que modo explico ao David que os seus colegas vão todos passar de ciclo e ele, que é o meu melhor aluno, fica cá ?!? E lá veio uma inspectora a quem ele explicou, brilhantemente, de que modo Colombo tinha posto o ovo de pé...não se eximindo de tecer toda a sorte de criticas à teoria do ovo de Colombo... Ainda hoje se, por algum motivo profissional me contacta, a Inspectora Alice pergunta pelo David e pela sua teoria do Ovo de Colombo...
No 2º Ciclo o que fez as delícias do David foi a poesia. Com o acompanhamento de uma professora de Português de excelência descobriu a magia das palavras e o que podia fazer delas e foi vê-lo a devorar livros uns após outros e a escrever furiosamente todo o tipo de quadras, rimas, poemas, textos e prosas.
A par de exemplar nos estudos o David era um miúdo sensível, observador, capaz de antecipar as situações problemáticas de modo a nunca se meter em sarilhos, amigo de ajudar e muito, muito alegre. Tinha sempre uma piada para contar, sabia todo o tipo de canções, lengalengas e historietas e sabia como e onde as contar. Muito diplomático tanto com adultos como com outras crianças fazia amigos com facilidade, era generoso, ajudava frequentemente os colegas o que lhe granjeava popularidade.
(eu avisei que não ia ser modesta e afirmo que tudo isto é verdade e me espanto todos os dias com a sorte que tive de ser mãe deste rapaz)
E assim vi o David crescer, num instante, apreensiva por vezes, achando que em qualquer momento esta perfeição se podia quebrar e iriamos sair deste estado de graça.
Mas o David não se estragou...Passou a idade do armário sem eu saber o que isso era. Teve muitos sonhos para a sua vida futura. Quis ser pastor, mágico, bombeiro, pasteleiro. Ensaiou estas profissões nas idades em que as quis viver de vários modos. Inclusive passou umas férias da Páscoa enfiado numa fábrica de uma pastelaria, de noite, tendo chegado à conclusão que nesses quinze dias as bolas de Berlim, os pasteis de nata e os bolos de arroz tinham deixado de ter segredos para ele, pelo que não fazia sentido passar a vida no meio deles.
No Secundário assumiu aquilo de que já desconfiava. A sua paixão era os números. A isso ajudou uma certa "Melaiva" nome carinhoso com que tratava a professora de Matemática.
A entrada no Técnico, no curso de Matemática, foi uma das primeiras situações em que vi o David vacilar. Ali já ombreava com gente de craveira superior. A vida não era tão fácil. O estudo era exigente e o David estava habituado a ser o melhor. Se assim queria continuar tinha de puxar por si. E fê-lo. E continuou a dar provas da sua superioridade como pessoa e ser humano. A par do conseguir realizar o seu curso todo dentro dos prazos mínimos para o fazer, com classificações superiores, mais uma vez o David conquistou pessoas; colegas e professores, que o consideram amigo e que sabem que podem contar com ele.
Hoje é o culminar desta etapa de vida. Tem sido brilhante até aqui. O que o futuro reserva ao David será um pouco o que ele fizer dele. Se estivesse totalmente nas suas mãos eu estaria muito mais confiante. Sei que ele é um vencedor. Mas é um vencedor por carácter, inteligência e sensibilidade, o que não é sinónimo de vencedor nos dias de hoje, como todos sabemos. A vida actual, laboral, precisa de outros trunfos que o David não tem mas que, de coração, não estou arrependida de não lhos ter apresentado como relevantes. Ele sabe que existem outros valores, outras formas de estar na vida e tem o poder do livre arbítrio.
Parabéns meu filho.
24 de março de 2009
23 de março de 2009
21 de março de 2009
Barcelona - 18 Março 2009
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...
Martin Luther King
19 de março de 2009
Dia do Pai
Cerejinha,2008
Quando eu nasci, tu renasceste
Quando eu ri, tu choraste
Quando eu precisei, tu estavas lá.
Quando eu adoeci, tu rezaste.
E alimentaste-me
Cuidaste-me
Protegeste-me
Amaste-me...em todos os momentos
Nunca me pediste nada em troca, pois o meu sorriso era o teu paraíso.
Sinto a tua falta, pai.
Muito.
Muito.
18 de março de 2009
17 de março de 2009
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