A vida é uma cereja. A morte um caroço. O amor uma cerejeira.


27 de dezembro de 2007

Por um triz...




Por um triz não abri a porta certa
Por um triz não te deixei entrar
Por tão pouco eu não te disse sim
Senti a hora do sorriso
Mas fingi ser Monalisa e fiz-me desentendida...

Por um triz não te dei
O poema que escrevi
Sem o teu nome, ou o meu
Mas impregnado de nós

Por tão pouco deixei de por
Aquela música a tocar
Eu bem quis apagar a luz
Dar-te a mão, um beijo
E chamar-te para dançar

Por um triz não acordei antes de ti
Preferi ver-te anoitecer antes de mim
Por um triz não esperei ver o mundo retomar o seu eixo
E optei por ser eu

Por um triz não tirei a fantasia de interrogação
Desse rosto que me questiona
Por um triz não me vesti de paciência
A repousar a mente sobre o travesseiro

Por um triz não disse a frase certa
E acordei na hora errada
Por um triz não engoli as perguntas
E ignorei as respostas
Por um triz não te calei com meus braços
Não te dei provas com o meu corpo
Por um triz não me fiz certeza...

Por um triz,
Por tão pouco não fui feliz.

2 comentários:

bettips disse...

Delicada
a troca das palavras certas.
A foto de quase.
Obg pelos teus votos lindos.
Que para ti retornam.
Também... que por um triz não se morre agora mas depois, lá para mais adiante.
Bjs

aDesenhar disse...

Por um triz
vais ser feliz.
:)
bj

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notinha: vai lá e escolhe o nº do lugar na assistência, para mudar a cor.