A vida é uma cereja. A morte um caroço. O amor uma cerejeira.


28 de fevereiro de 2007


Não há, não,
duas folhas iguais em toda a criação.
Ou nervura a menos, ou célula a mais,
não há, de certeza,duas folhas iguais.

Limbo todas têm,
que é próprio das folhas;
pecíolo algumas;
baínha nem todas.

Umas são fendidas,
crenadas, lobadas,
inteiras, partidas,
singelas, dobradas.

Outras acerosas,
redondas,
agudas,
macias,
viscosas,
fibrosas,
carnudas.

Nas formas presentes,
nos actos distantes,
mesmo semelhantes
são sempre diferentes.

Umas vão e caem no charco cinzento,
e lançam apelos nas ondas que fazem;
outras vão e jazem
sem mais movimento.
Mas outras não jazem,
nem caem,
nem gritam,
apenas volitam
nas dobras do vento.

É dessas que eu sou.
António Gedeão

27 de fevereiro de 2007


Grandes árvores dão mais sombra do que fruto

26 de fevereiro de 2007

25 de fevereiro de 2007

Árvores XV


Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas não sabem quase nada sobre o mundo que são.

Augusto Cury

21 de fevereiro de 2007

Árvores XIV


As palavras


São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm,
cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas,
inocentes,
leves.

Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos
lembram ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe,
assim,cruéis,
desfeitas,
nas suas conchas puras?


Eugénio de Andrade

16 de fevereiro de 2007

15 de fevereiro de 2007



As árvores morrem de pé

14 de fevereiro de 2007

e porque hoje é dia de namorados...


Da tua voz
O corpo
O tempo já vencido

Os dedos que me
Vogam
Nos cabelos

E os lábios que me
Roçam pela boca
Nesta mansa tontura
Em nunca tê-los…

Meu amor
Que quartos na memória
Não ocupamos nós
Se não partirmos …..

Mas porque assim te invento
E já te troco as horas
Vou passando dos teus braços
Que não sei
Para o lume em que me deixas
Se demoras
Nesta mansa
Certeza que não
Vens.

Maria Teresa Horta

13 de fevereiro de 2007


A Natureza criou os prazeres, o homem criou os excessos

12 de fevereiro de 2007



A árvore conhece-se pelo fruto

11 de fevereiro de 2007


A beleza ideal está na simplicidade calma e serena

Goethe

10 de fevereiro de 2007



Árvore velha não se muda

9 de fevereiro de 2007



Mais cresce a árvore, mais sombra dá.

8 de fevereiro de 2007



O maior carvalho saíu de uma bolota

7 de fevereiro de 2007

Árvores IV


"Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos."

Eugénio de Andrade

6 de fevereiro de 2007

Árvores III


"Uma casa que nem fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi acesso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia."

Eugénio de Andrade

5 de fevereiro de 2007

Árvores II


"Aquele que mantém a calma diante de todas as adversidades da vida mostra simplesmente ter conhecimento de quão imensos e múltiplos são os seus possíveis males, motivo pelo qual ele considera o mal presente uma parte muito pequena daquilo que lhe poderia advir: e, inversamente, quem sabe desse facto e reflecte sobre ele nunca perderá a calma."

A Arte de Ser Feliz
Arthur Schopenhauer

4 de fevereiro de 2007

Árvores I





“Ensinarás a voar… mas não voarão o teu voo.

Ensinarás a sonhar… mas não sonharão o teu sonho.

Ensinarás a viver… mas não viverão a tua vida.

Ensinarás a cantar… mas não cantarão a tua canção.

Ensinarás a pensar mas não pensarão como tu.

Porém,saberás que cada vez que voem, sonhem,vivam, cantem e pensem… estará a semente do caminho ensinado e aprendido.”

Madre Teresa de Calcutá