A vida é uma cereja. A morte um caroço. O amor uma cerejeira.


27 de janeiro de 2007

21 de janeiro de 2007

15 de janeiro de 2007

O Galo


Tenho de confessar que sou portadora de um certo espírito de contradição.
Quando toda a gente fala do frio que faz, a minha vontade é tagarelar sobre a praia e o calor humano, quando se queixam do preço das coisas apetece-me logo correr a comprar qualquer coisa inútil, falam-me de dores daqui e dali e eu divago em pensamento por corpos belos e musculados, and so on...
Ora no Natal, espírito natalício e tal, não fui capaz de escrever nada sobre a coisa...
Por outro lado fiquei em estado de choque com a balbúrdia, o bulício e o GALO.
Por isso só hoje ganhei coragem para vir aqui escrever sobre o assunto.
E o assunto é: O GALO.
Sendo o Natal passado no melhor dos espíritos natalícios, vou abster-me de divulgar como é que é no seio da minha família, porque se torna enfadonho descrever-vos as cenas que, mais ou menos coloridas, conforme a prosápia do orador, se vivem na maioria dos lares nacionais.
Assim sendo vou directa ao assunto. Ou seja: O GALO
O GALO, que aqui vos apresento, foi oferecido à minha família, devidamente acondicionado (plástico acolchoado, para evitar alguma racha, quiçá...), caixa de cartão, magnificamente embrulhado e ataviado com um laçarote do melhor material.
Trazia a acompanhá-lo um cartão de Natal, de uma afectuosidade e delicadeza a toda a prova, dirigido “À minha boa amiga” e elogiando a forma como a ofertante tinha sido recebida na morada da família pelo que se tinha sentido muito sensibilizada e expressava desta forma o seu reconhecimento...
Claro que perante o estilo do embrulho, a qualidade gráfica do cartão e o teor da mensagem, a nossa expectativa na abertura do presente foi elevada...
E sai-nos o GALO.
Agora olhem bem para o GALO e digam-me cá:
Será que esta senhora nunca ouviu falar em Ferrero Rocher, ou outros bombons danados de bons?!?!? É que eu, quando não sei bem os gostos das pessoas a quem quero homenagear, prefiro comprar-lhes uma caixa de bons chocolates do que um GALO!

12 de janeiro de 2007

7 de janeiro de 2007

Populares e o que querem dizer...

CALCANHAR DE AQUILES
De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de poder tornar o seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de corpo que não tinha protecção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu.
Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.


CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil - Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam encontrar-se num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase “o da Joana” ficou conhecida como sinónimo de lugar em que ninguém manda.


VÁ QUEIXAR-SE AO BISPO!
Durante o Brasil - Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a jovem era fértil. E o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A rapariga abandonada, ia queixar-se ao bispo, que mandava homens para capturar o espertalhão...


CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contaram com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. E de que modo? Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários tinha treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinónimo de falcatrua.


FICAR A VER NAVIOS
Dom Sebastião, rei de Portugal, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo recusava-se a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltava, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses tinham dificuldade em entender o que diziam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.


DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto dos remédios amargos. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

CHEGAR DE MÃOS A ABANAR
Há muito tempo, era comum exigir a todos os imigrantes que fossem trabalhar nas terras de uma colónia que fossem portadores das suas próprias ferramentas. Caso chegassem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos a trabalhar. Portanto, chegar de mãos a abanar é não transportar nada.


SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem fundos...


O CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

ESTÔMAGO DE AVESTRUZ
Define aquele que come de tudo.
O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.


LÁGRIMAS DE CROCODILO
É uma expressão usada para se referir o choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz uma forte pressão contra o céu-da-boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.


MEMÓRIA DE ELEFANTE
O elefante lembra-se de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atracções dos circos. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.

OLHOS DE LINCE
Ter olhos de lince significa ver longe, uma vez que esses felinos têm uma visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.

2 de janeiro de 2007

Pela PAZ em 2007


Imagine
John Lennon


Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people living for today...

Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the peopleliving life in peace...

Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the peopleSharing all the world...

You may say I'm a dreamer,but
Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one

IMAGINA…

Imagina que não há PARAÍSO…
É fácil se tentares.
Nenhum Inferno debaixo dos nossos pés,
Acima de nós apenas o Espaço.
Imagina todas as pessoas
A viver apenas o dia de hoje...

Imagina que não há PAÍSES…
Não é difícil de fazer.
Nada porque matar ou porque morrer,
Nenhuma religião também.
Imagina todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...

Imagina que não há POSSE…
Pergunto-me se consegues.
Nenhuma ganância ou fome,
Uma fraternidade entre Homens.
Imagina todas as pessoas
Partilhando o Mundo

Refrão
Podes dizer que sou um sonhador,
Mas não sou o único.
Tenho esperança que um dia te juntes a nós,
E todos viveremos como um só.

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Imagine é uma canção escrita pelo músico inglês John Lennon que foi gravada e lançada em 1971 em álbum homónimo. Transformou-se num hino à paz pelo conteudo da letra. Em votação, a revista Rolling Stone, elegeu-a como a terceira melhor musica de todos os tempos.
John Lennon descreve a canção como sendo anti-religiosa, anti-nacionalista, anti-convencional e anti-capitalista. Ao cantá-la, ele pede para imaginar um mundo sem religião ("no religion"), sem países ("no country"), sem posse ("no possessions"). A letra foi inspirada num desejo de Lennon: haver Paz no Mundo.
Depois da morte de John Lennon, foi construído em sua homenagem um mosaico contendo a palavra Imagine no
Central Park de Nova Iorque, num local que fica em frente ao prédio onde Lennon morava e onde foi brutalmente assassinado, o edifício Dakota.

Nesse dia, e nos seguintes, até hoje, o seu desejo não se cumpriu… ainda !